domingo, 4 de março de 2012

Cebolada

Após uma catástrofe tão grande como aquela a que assistimos, mandaria o bom-senso que alguém calmo, ponderado e na plena posse de todas as suas capacidades, analisasse a frio e de forma objectiva os acontecimentos da última noite. Se o procuram por aqui, lamento desiludir-vos.

Aquilo a que assisti ontem foi de uma pobreza atroz. A começar pelo terreno, passando pela equipa do Sporting, pela equipa de arbitragem e terminando na equipa de reportagem. Se tentasse reproduzir o jogo de ontem num prato, teria de ser algo do mais espartano e minimalista que se possa imaginar. Assim, de repente, talvez uma cebolada. Uma cebolada de cebola, meus senhores. É só o que me vem à cabeça. Mas passemos à análise:

O terreno - do mais inóspito e selvagem que se pode encontrar. Covas profundas, mato altíssimo... fiquei o jogo todo à espera do momento em que por trás de algum tufo surgisse o David Attenborough - "The landscape here is quite extraordinary!".

A arbitragem - parece que nomearam para este jogo um tipo que tem fama de prejudicar o Setúbal.
   - Ok! - pensou Vítor Pereira por altura das nomeações - Ora aqui está uma oportunidade de o André limpar essa imagem.

O Sporting - Como vos poderia explicar Sir David, nunca foi na selva que o Leão reinou. Antes nas amplas savanas. Ainda assim não podem ser o terreno ou a arbitragem a justificar uma presença tão inócua do Leão em terras do Sado. Parece-me evidente que o que está a falhar é a assimilação da mensagem de Sá Pinto por parte dos jogadores. Por exemplo, penso que não será bem aquilo que Sá Pinto tem em mente quando pede a Polga ou a Xandão para assistirem os avançados.

A reportagem - Escrevia o caríssimo Porta 10A, num comentário à posta anterior, que estava a ver o jogo sem som na TV. Por norma não consigo fazê-lo pois gosto de sentir o ambiente das bancadas. O senão desta opção é ter de ouvir também os comentários tendenciosos de supostos especialistas. E se há quem ainda tente disfarçar, o Manha, nesse aspecto, honra lhe seja feita, é o tendencioso mais transparente que se pode ouvir.

2 comentários:

  1. João Querido Manha.
    Está explicado então. Também "senti" o facciosismo, desdém, escutando-o, mas não fazia ideia quem falava. Abraço.

    ResponderEliminar
  2. Bem, ja deu pa encher o bucho...=}

    Boa prosa!

    Saudaçoes Leoninas

    ResponderEliminar