quarta-feira, 7 de março de 2012

CoitaDzekos

Fazem questão em fazer-se notar e chegam com aparato. Das janelas dos seus jactos privados olham em volta com desdém.
- É aqui? - questionam com enfado.
Uma breve volta pelo terreno.
- Que maçada! Vamos despachar isto rapidamente. Há compromissos mais sérios a tratar.
A roupagem cara e a atitude presunçosa fazem imaginar colonizadores perante os nativos.
- Pobres e atrasados - avaliam.
O poder emanado pela sua presença será certamente suficiente para a submissão.
- E se tal não resultar, basta exibir o canhão e mandar um tiro para o ar. Agachar-se-ão!
São assim os novos ricos. O admirável mundo novo girará à sua volta.
- Custe o que custar. E dinheiro é coisa que não falta...
Mas a riqueza recentemente adquirida, por súbita e fácil, não foi acompanhada pela nobreza dos actos. As vestes adornadas não chegam para esconder as origens plebeias. Pelo contrário, potenciam o contraste entre aquilo que realmente são e aquilo que querem ser. Julgam que se tornaram reis quando na verdade se transformaram em labregos. Ignoram que, mais do que pela moeda, a nobreza é sustentada pela história.
- Jogadores do Sporting? Não conheço - atira, com arrogância, um deles.
- United, Madrid... serão desafios difíceis - despreza outro.
Gente com o rei na barriga! - afirmo eu! E como dizia a minha doce e frágil avozinha:
- Se tem o rei na barriga, é agarrar num pau e bater-lhe até que saia!

Força Sporting!

1 comentário:

  1. Neste caso foi dar-lhe com um calcanhar ;)
    Boa sorte para este cozinhado...digo ...blog!!

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